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Territórios proibidos

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Obstetrícia e Ginecologia

Este tópico foi revisto em profundidade pelo Dr. Ethan Russo em 2002. A canábis tem sido empregue por milénios para uma variedade de patologias/sintomas relacionados. Os fármacos são justamente evitados sempre que possível durante uma gravidez, mas frequentemente surgem casos em que tal tratamento é necessário, até mesmo para salvar a vida da mãe e do filho. Um exame minucioso da literatura apoia a segurança relativa da canábis em tais aplicações e, particularmente no uso episódico (SOS), é altamente provável que a relação custo-benefício em distúrbios graves seja bastante aceitável. Estudos controlados de dismenorréia, hiperemese gravídica e outros distúrbios com extratos de canábis e medicamentos, devem ser avançados.

Grávida a segurar a barriga

Medicamentos canabinóides em Pediatria

É claro que a canábis e os canabinóides são promissores para muitas condições pediátricas intratáveis e desesperantes, embora este conceito possa ser anátema para alguns.

Embora seja frequentemente alvo de piada, ninguém que não tenha sido pai de uma criança afetada pode realmente conceber o stresse e a perturbação gerados por uma cólica infantil. Um distúrbio do desenvolvimento que aparece com mais frequência entre as duas semanas e três meses de vida, este síndrome mal compreendido produz crises noturnas de choro inconsolável e aparente dor abdominal em cólica. Uma miríade de fármacos e suplementos destinados a todos os sistemas de neurotransmissores imagináveis do cérebro e do intestino, tendem a não funcionar e podem desplotar efeitos adversos sem benefício clinico. Talvez a cólica infantil seja outro distúrbio clínico endógeno por desenvolvimento de deficiência de canabinóides. Pelos seus atributos antiespasmódicos, analgésicos, ansiolíticos e sedativos, um extrato de canábis THC:CBD é promissor onde outros agentes decepcionaram e, se assim for, inúmeros novos pais poderão agradecer.

Outra possível indicação pediátrica para medicamentos à base de canábis é a Fibrose Quística. Num estudo de 2002, foi delineada uma justificação extremamente convincente e bem concebida para o tratamento com canábis, que poderia melhorar muito a condição clínica e o bem-estar das crianças afetadas. Benefícios semelhantes podem resultar de outros estados graves sem sucesso com o tratamento convencional.

Os medicamentos à base de canábis já demonstraram um sucesso notável no alívio de náuseas e vómitos em crianças submetidas à quimioterapia. Infelizmente, este estudo foi amplamente ignorado, em vez de ser duplicado e ampliado.

Qualquer possível objeção moral a tal tratamento não tem peso quando a alternativa é sofrimento severo e até a morte de uma criança. O efeito de inibição do canabidiol (CBD) no crescimento de células de glioma e pela melhoria de crianças com PHDA parecem claramente indicadas, particularmente em vista das controvérsias e efeitos colaterais dos medicamentos psicotrópicos existentes. A extensão do conceito a outros transtornos difíceis e de fisiopatologia obscura, como a Perturbação do Espectro do Autismo e Doença de Asperger, pode ser justificada. Se e quando a canábis estabelecer a sua eficácia em doenças pediátricas, terá alcançado uma boa medida de redenção do escárnio que suscitou durante o século passado.

Mulher segura bébé em quarto de hospital

O primeiro passo é procurar aconselhamento médico.

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