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Fibromialgia

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A fibromialgia é uma patologia complexa que é tão prevalente quanto mal compreendida. A fisiopatologia ainda não é totalmente compreendida mas estão em estudo novas opções terapêuticas, uma vez que as existentes ainda são insuficientes para a maioria dos utentes. Evidências recentes descrevem o uso de canabinóides no tratamento da fibromialgia.

A fibromialgia é caracterizada por dor crónica generalizada, fadiga e episódios depressivos sem diagnóstico orgânico, que pode ser prevalente em até 10% da população e acarreta um custo significativo na utilização de cuidados de saúde, morbidade, redução da qualidade de vida e produtividade. Está frequentemente associada a comorbidades psiquiátricas. O diagnóstico é clínico, e geralmente prolongado, e os critérios diagnósticos continuam a modificar.

Homem com dor crónica

A canábis tem sido usada historicamente para tratar diferentes condições de dor desde os tempos antigos. Avanços recentes permitiram o isolamento das substâncias ativas na canábis e a produção de produtos canabinóides que são quase desprovidos de efeito psicoativo e proporcionam alívio da dor e de outros sintomas. Muitos deles, assim como a própria canábis, são aprovados para o uso em condições de dor crónica. As evidências que apoiam o uso de canábis em condições de dor crónica são abundantes; no entanto, na fibromialgia, são limitadas. No entanto, muitos estudos retrospectivos e relatos de casos, sugerem o alívio significativo da dor, melhoria do sono e redução dos sintomas associados. Evidências que apoiam o uso de canábis na dor crónica, e especificamente na fibromialgia, estão a ser reunidas à medida que o uso de canábis aumenta com as tendências globais atuais. Embora as evidências atuais ainda sejam limitadas, dados emergentes sugerem um efeito positivo da canábis na fibromialgia.

O uso de canábis não é isento de riscos, incluindo psiquiátricos, cognitivos e de desenvolvimento, bem como riscos de dependência. Como tal, o julgamento clínico é indispensável para pesar os riscos e benefícios e prescrever a utentes com maior probabilidade de beneficiar deste tratamento. Mais pesquisas são necessárias para definir a seleção adequada de utentes e os esquemas de tratamento mais adequados.

O primeiro passo é procurar aconselhamento médico.