A epilepsia é definida como uma tendência para a ocorrência de convulsões recorrentes. É uma manifestação de doença cerebral basal. Convulsões isoladas ou aquelas que ocorrem durante doença aguda, não devem ser classificadas como epilepsias, mas sim como episódio convulsivo isolado.
Habitualmente, o cérebro saudável gera continua e regularmente impulsos elétricos minúsculos. Estes impulsos percorrem a rede de células nervosas do cérebro (neurónios) e, depois, pelo corpo todo, através de mensageiros químicos chamados neurotransmissores.
Na epilepsia, contudo, os ritmos elétricos cerebrais têm tendência a tornar-se desequilibrados resultando nas crises ou convulsões. Nos doentes com crises, o padrão normal é interrompido por surtos rápidos e sincronizados de energia elétrica que pode, momentaneamente, afetar a sua consciência, movimentos ou sensações 1.
Incidência:
Em Portugal, calcula-se que existam cerca de 10.000 pessoas com Epilepsia, com uma incidência de cerca de 2.500-5.000 novos casos todos os anos 2.
Etiologia ou Causa:
As causas mais comuns para o despoletar de uma crise ou convulsão são:
- Doença cerebrovascular
- Tumor cerebral
- Consumo de álcool
- Pós-traumático
- Distúrbios genéticos
1 Sociedade Portuguesa de neurocirurgia, Doenças e tratamentos, 04-05-2011
2 Manji, Hadi et al., Oxford Handbook of Neurology, second Editions, 214-216