É sabido pela comunidade científica e médica, que a Síndrome do Intestino Irritável (SII) é uma doença crónica, para toda a vida, mas na minha opinião, penso que não seja o caso, visto que frequentemente ocorre em alguém que não tem o problema antes de um insulto ou uma lesão, como uma intoxicação alimentar ou após a toma de antibióticos. No entanto, pode tornar-se crónico e é isto que pode cria este tipo de confusão.
Não apresenta sinais patognomónicos, mas geralmente os doentes apresentam sintomas de diarreia alternada com obstipação, associada a uma hipersensibilidade visceral com edema e distensão por gases.
Também não possui nenhum exame diagnóstico característico, mas existem critérios de diagnósticos formais, como os critérios de diagnóstico Roma IV: “Dor abdominal recorrente, em média, pelo menos 1 dia por semana durante os últimos 3 meses, associado a 2 ou mais dos seguintes critérios:
- Relacionada com a defecação
- Associada a alteração da frequência das fezes
- Associada a alteração da forma (aparência) das fezes
Início dos sintomas há pelo menos 6 meses”
O Dr. Gerard Clarke, do Departamento de Psiquiatria e Ciência neurocomportamental, University College Cork) caracterizou o SII como “um distúrbio de origem desconhecida, a ser tratado por agentes de mecanismos de ação desconhecidos”.
Está claro que na SII existe uma hipersensibilidade visceral com alodinia e hiperalgesia gastrointestinal.
Neste artigo australiano, vemos que a partir de enxertos cirúrgicos longitudinais e circulares de 31 doentes, a anandaminda co-localiza-se com os recetores colinérgicos em cólons humanos normais e inibe a potência da contração muscular circular e longitudinal via um mecanismo não-CB1, ou por um mecanismo alternativo não-CB1 e não-CB2.